quinta-feira, 26 de abril de 2012

PSB em crise: Rosas deixa Governo Municipal e ataca Prefeito Luciano Agra em coletiva a imprensa


Definitivamente a crise no PSB ultrapassou as fronteiras partidárias e caiu na boca do povo através da imprensa.
O coletivo Ricardo Coutinho, responsável pela sua ascensão ao cargo de Prefeito de Prefeito de João Pessoa por duas vezes e que conseguiu a proeza de leva-lo ao Palácio da Redenção, sem desmerecer claro o apoio dos partidos aliados nessa última conquista, está se esfacelando lieralmente na briga pelo poder.
A entrevista coletiva concedida hoje (25) pelo presidente estadual do PSB apenas deixou transparecer o clima de animosidade nas hostes socialistas, ainda mais quando os caciques do PSB se sentem responsáveis pelo cargo que hoje ocupa Luciano Agra.
Edvaldo Rosas distribuiu carta a imprensa durante a coletiva elencando os motivos de seu desligamento da Prefeitura da capital. Em tom de críticas Rosas disparou na carta: ” …é perceptível um processo de perseguição e intimidação daqueles que se contrapropuseram aos seus propósitos” , referindo-se ao Prefeito Luciano Agra.  Mais adiante Edvaldo disse não aceitar o esvaziamento dos membros do PSB na administração municipal sob a desculpa de uma reforma administrativa.
O Prefeito Luciano Agra ainda não se pronunciou a respeito da coletiva de Edvaldo Rosas, já que segundo sua assessoria ele se encontra em Brasília.
Ao certo o que se pode afirmar é que desde a chegada de Ricardo Coutinho ao cargo de Governador da Paraíba nunca mais o PSB foi o mesmo.
Confira a carta do Presidente Estadual do PSB na íntegra:
Excelentíssimo Sr. Prefeito
Luciano Agra
Venho, por meio desta, encaminhar meu pedido de exoneração, em caráter irrevogável, do cargo de assessor especial que exerço junto ao Gabinete do Prefeito, pelas razões que passo a apresentar.
Na condição de presidente do diretório estadual do Partido Socialista Brasileiro, não posso continuar assistindo inerte às iniciativas tomadas por vossa excelência no que resolveu alcunhar de reforma administrativa, esvaziando a participação do PSB no governo do Município de João Pessoa e na mesma medida ameaçando a participação de militantes históricos do socialismo na construção do projeto político que governa a Paraíba e a capital dos paraibanos.
A história da construção dessa gestão que hoje se volta contra seu próprio partido e busca confundir sua própria militância, teve início em 2004 por um dos processos eleitorais mais inovadores que vivenciamos na Paraíba, no qual os princípios da democracia participativa e da republicanização catalisaram os anseios da sociedade e elegeram o companheiro Ricardo Coutinho para Prefeito dessa cidade.  Em 2008 dando continuidade ao projeto concorremos ao processo eleitoral tendo que tomar uma decisão importante. Manter o projeto na condução única do partido construindo uma chapa majoritária apelidada de “puro sangue”.
Sua escolha da condição de vice-prefeito nas eleições de 2008 contrariou toda a regra da disputa partidária, pois naquela ocasião não se podia lhe atribuir capital político, financeiro ou tempo de televisão, mesmo assim foi escolhido herdeiro privilegiado para cumprir uma missão, por ser considerado leal e de confiança.
Escolhido para cumprir uma tarefa estratégica para o partido perdeu-se em sua execução, não seguiu as orientações partidárias e por decorrência não conseguiu se viabilizar como alternativa eleitoral real, o que culmina na sua desistência a condição de pré candidato.
No dia 04 de abril, em reunião histórica do diretório municipal do PSB, os argumentos apresentados por vários dirigentes partidários lhe convenceram dos equívocos da sua condução de todo o processo e o senhor, assumiu, publicamente o compromisso de cumprir com as decisões partidárias. Na prática, não é o que verificamos. O que é perceptível é um processo de perseguição e intimidação daqueles que se contrapropuseram aos seus propósitos, em debate político profundamente democrático e de alto nível de argumentação.
Lembro ainda que estive em várias reuniões com o senhor, acompanhado de outros dirigentes partidários, tratando de assuntos diversos, dentre eles as mudanças na gestão municipal e a disposição do PSB na construção do melhor para a sua administração que é nossa também. Lamentavelmente, nada do acordado foi cumprido.
O processo de exoneração sem conversa prévia com nenhum dos/das exonerados/as numa atitude de profundo desrespeito com auxiliares históricos da sua gestão e do nosso projeto teve inicio ainda em fevereiro. A lista é grande, significativa e reveladora .Vejamos: Coriolano Coutinho, Secretário Geral do PSB, Ronaldo Barbosa, Presidente Municipal do PSB, Rubens Freire, Vice-presidente Municipal do PSB, Laura Farias, Tesoureira do PSB, e vários/as outros/as companheiros/as que não ocupam cargo no partido e que preservo suas identidades por conta do clima de receios e temores criado por suas ações no ambiente da gestão municipal. Situação que está comprometendo o nosso projeto.
Diante do descrito, reafirmo o meu pedido. Entretanto, como dirigente partidário, devo persistir no diálogo que possa vir a superar as divergências e possíveis incompreensões que existam entre nós, mas mantendo a coerência e a autonomia que se fazem necessárias nessa conjuntura. Aguardo, sinceramente, que a construção de uma sociedade socialista que é aquilo que nos uniu seja tratada como o bem maior de nossas atitudes políticas.
Fidelidade partidária, lealdade e confiança.
Edvaldo Rosas – Presidente Estadual do PSB”
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